segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Processo de cicatrização

Orgulho. Dependendo do tipo deste, pode ser a chave pro sucesso ou pra derrota. Mas, agora, tô falando de orgulho no sentido ruim: aquele que faz você se sentir tão único e superior aos outros seres, que esquece de que é um ser humano, com toda sua fragilidade e sensibilidade, fadado a errar, a sofrer, a decepcionar-se, a deprimir-se, a ser humilhado de vez em quando, e ter experiências traumáticas. Pode parecer meio masoquista, mas não é. A vida não é feita de otimismo durante 24 horas, sempre vai existir pedras no caminho, para que você as junte e construa seu castelo. É bem pra isso que servem as coisas ruins, pra aprender a valorizar as coisas boas.
Eu acredito que nunca escrevi tanto, senti tanto, sonhei tanto e errei tanto, nesses 2 meses. Dei minha cara lavada mesmo, fiz um stri-tease e joguei fora a hipocrisia e o falso moralismo que ainda havia aqui dentro. Eu falei o que eu tive vontade de falar, eu escrevi o que tive vontade de escrever, eu fiz o que tive vontade de fazer. Sempre foi assim, e agora, não iria ser diferente. Não fiquei me indagando se iria dar certo ou não, se quem me ouvisse ou desse de cara com meus posts iria me achar uma boba e inútil por amar, ou pior ainda, ser apedrejada por escrever sobre amar. Não tenho nada contra o amor, ainda que ele tenha tudo contra mim. Eu gosto de transparência, sinceridade, sentimentalismos exacerbados. Eu sou intensa, exposta, despachada, descomplicada, prática e simples. Eu aceito compartilhar minhas vitórias e minhas derrotas aqui, minhas opniões, minhas preferências, minhas vivências. E eu sei que eu escrevi aqui, muito sobre ele. Muito sobre mim. Nesses 2 meses, eu fui intensamente poética. Sonhadora. Exagerada. Extremamente sentimental. Transpirei paixão por todos os poros. E não tenham dúvida, não só nas minhas palavras, mas principalmente, nas minhas atitudes, eu fui assim também. Não houve um dia sequer, um segundo vivido no qual eu não desejasse estar com ele. Não houve um só minuto no qual eu não tenha sido verdadeira, no qual eu não tenha me entregado por inteira. Eu não atuei, não fiz média, não contei vantagem, não fiquei só pra aumentar minha lista de paixões passageiras. Eu vivi de verdade, vida real, sentimentos verdadeiros, sinceros, naturais. Mas as vezes na vida, a gente vai encontrar pessoas irrevutavelmente dignas de pena. Pessoas psicopatas, que tem como prazer tornar suas relações pessoais altamente descartáveis, e que acreditam fielmente que as pessoas são também descartáveis. E aí, no meio do meu caminho tinha uma pedra dessa. No meio do meu caminho, havia alguém pra obstacular e me ensinar uma lição. Mas ele veio disfarçado. E eu achei que tinha encontrado alguém especial. E achei que ele era diferente. E achei que poderia ter encontrado um amor. E achei que tava apaixonada por ele. E ele também me achou. E achou que comigo, poderia aumentar sua lista de mulheres. E achou que poderia me conquistar e usar. E achou que poderia me ter quando bem quisesse. E achou que com palavras bonitas me iludiria. E achou que estava na hora de partir, e partiu. Mas me deixou uma lição importante: tenho aversão a esse tipo de gente vazia, que não sente respeito por ninguém por mais de uma noite.
Não tenho pudor nenhum em mostrar mais uma decepção sofrida, pelo contrário, quero sempre servir de exemplo pra quem puder me ouvir. Ou me ler. Não tenho receio nenhum de dizer que eu me apaixonei cegamente. Não tenho constrangimento nenhum em revelar que eu estou perdidamente surpresa em descobrir que, aquele a quem eu mais me revelei, foi o único que não soube me ver e compreender. Mas tenho orgulho de dizer que eu , mesmo no final, fui capaz de entendê-lo e decifrá-lo, e ainda que me doa concluir, eu realmente não seria a mulher dos seus sonhos. Você não seria capaz de sonhar tão alto.
E no fim disso tudo, ficou uma enorme vontade de pedir que, principalmente, o mesmo vento do destino que me fez te conhecer, possa te levar pra bem longe daqui. E o mais legal de tudo isso é que vai levar mesmo! Li-te-ral-men-te!
Vai! Vai com Deus e seja feliz. Não te amo nem te odeio. Simplesmente, te desprezo.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu me identifico com as suas palavras! é tudo muito lindo...se eu pudesse te dar 1 conselho diria que as vezes acontecem coisas erradas pra que boas possam acontecer tbm,fike em pazzzz.