quinta-feira, 9 de junho de 2011

"A minha decisão depende da sua". Como um mantra, eu repeti essa frase a semana inteira com o objetivo de me agarrar, desesperadamente, em algo concreto pelo menos uma vez, já que há 365 dias eu me agarro apenas em coisas abstratas e transcedentais, que não passam de ilusão de um coração dominado e possuído por um amor inquietante e utópico. A decisão está implícita. Subtendida. Mas todo mundo consegue enxergar, mesmo sem palavras concretas. E, dessa vez, até eu consegui. A semana inteira treinando Interpretações de Textos, talvez meu lado de "massa cinzenta" tenha se aperfeiçoado mesmo em entender os implícitos e subtendidos desse contexto maldito. Então, se "a minha decisão dependia da sua", e esta, encontra-se gritantemente mais do que clara, mesmo que ainda não tenha sido dita,  eu estendo a bandeira branca. Se uma parede, mesmo que revestida de cimento e tijolos, trabalhada nos detalhes para aguentar as maiores pancadas, um dia, de tanto ser batida e massacrada, finalmente cai; e se o bambu, vegetal considerado o mais fote e resistente para aguentar os maiores vendavais e ventanias, um dia não aguenta e se curva ao solo, imagine um ser humano, cheio de fragilidades, de medos e indecisões, com certeza não é capaz de suportar "dar murro em ponta de faca", de "bater na mesma tecla", de "nadar e morrer na praia". "A maior covardia de um ser é fazer outro ser se apaixonar por ele quando este não tem a mesma intenção".  Excrucitante! Crucificante! Não se perde o que nunca se teve. E o mundo dá voltas, claro. E amanhã, o sol nasce novamente pra secar esse oceano que eu carrego nos meus olhos.

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