terça-feira, 7 de junho de 2011

Lágrimas não são argumentos, já diria Machado de Assis. Podem não ser argumentos, mas são provas materias de extrair um sentimento quando algo não vai bem. As lágrimas são minhas companheiras fiéis ultimamente. Estão presentes em quse todos os meus momentos diários. Eu posso recorrer a elas por outros tantos motivos, mais nenhum destes as fazem cair com mais facilidade quando o assunto é o amor.Ou a falta dele. Dor de cabeça dói, cólica dói mais ainda, trancar o dedo numa porta, então! Mas nada dói mais do que amar sem ter reciprocidade. Nada é mais covarde do que entregar sua cabeça, corpo e coração nas mãos de alguém que não sabe o que fazer, nem retribuir. Essa é a dor que dói mais! No início, tudo não passava de um grande desafio de conquista. Tudo era esperança. Tudo era possível. Hoje, eu colho os frutos amargos desse tsunami passional que apareceu no meu caminho. Hoje resta pra mim angústia e a tristeza quase que crucificante de ter a certeza ABSOLUTA de que tudo foi, e ainda é, em vão. E nada é mais terrível do que a certeza de um tempo perdido! Nada é mais abominável do que ter a certeza de que as palavras de alguém não correspondem as suas atitudes reais. Nada é mais mortalizante do que o descaso com os nossos sentimentos mais intensos, profundos, verdadeiros. Pela segunda vez consecutiva não obtive resposta as minhas expectivas. E nunca as obterei. Simplesmente porque, não existe nada mais claro do que a resposta da vida me jogando na cara "de panaca pintada no espelho" que a solução única pra todo esse calvário mexicano que eu travo, é aquela que todos já sabem. E que eu não tenho coragem e nem forças pra colocar em prática. Porque eu não consigo acreditar, não consigo, que um ser humano normal, não consiga pôr em prática tudo aquilo que fala! Aí então, nesse momento, o mundo dá um giro de 360 graus, e eu me lembro de que palavras são só palavras....De que me serve acreditar nas palavras se elas não se transformarem em realidade? O fato é que eu to aqui. Eu sempre estive! Mas eu estarei pra sempre? O fato é que eu me doei, me entreguei, cuidei, esperei. Mas eu esperarei pra sempre? O fato é que eu busco inpiração suprema nos monges do pico do alto da neblina pra trabalhar minha paciência. Mas, paciência tem limite? Maybe. Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida, já diria Caetano. Eu cuido, e até mais do que eu deveria. Nunca devotei um sentimento tão claro, óbvio, intenso a ser humano algum como eu devoto agora. Mas eu não vou remar um barco sozinha. Ter que entender tudo, o tempo inteiro, é cruel demais pra quem já aceita TUDO, o tempo inteiro. Se realmente alguém gosta de mim, tá na hora de começar a repensar algumas atitudes. Fica a dica.

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