quarta-feira, 22 de setembro de 2010

E agora?!

Incrível como um dia muda toda uma vida. Um momento muda todas as decisões já tomadas de não voltar atrás. Se uma fogueira que se apagou, um vulcão em gritante erupção se desfez, por um motivo dolorido,e se todas as faíscas se apagaram, tudo bem. Mas, e se nem todas as faíscas se apagaram?! e se restou uma, umazinha bem ali, no coração, no corpo,no pensamento?! Essa única faísca, que restou de uma fogueira já apagada, pode ser um problema gravíssimo se for tocada e acesa novamente! Palavras foram ditas, revelações foram trocadas, ações postas em prática...Isso foi suficiente pra manter acesa novamente, em mim, uma chama que jamais imaginei voltar a aquecer! Eu sei, palavras são só palavras...promessas, se não postas em prática, tornam-se também apenas promessas... Mas é incontrolavelmente que confesso que esse momento mexeu comigo! Não deveria,todos devem estar pensando, mas vergonhosamente assumo que balançou! Confesso mais ainda, que não é nada fácil acordar na manhã seguinte, lembrando, e não sentir raiva...raiva por não ter sido forte o suficiente, raiva por sentir o que sinto, por permitir que esse sentimento ainda tome conta de mim depois de tudo, por falar o que falei, por escutar o que escutei... E esse único e exclusivo momento me deixou inquieta, tensa, pensativa, me deixou desfocada, na verdade. É só me ver sozinha, em algum lugar, ou até mesmo ouvir uma canção qualquer que toca por aí, pra me pegar pensando nesse maldito momento. E quando percebo, lá estou eu, sorrindo feito uma idiota, que agora eu tenho mais certeza do que nunca, que sou! Então, algum barulho cotidiano qualquer me tras de volta a realidade nua e crua de que, mais uma vez, foram "palavras apenas, palavras pequenas, palavras..." . Se realmente foram só palavras ao vento, eu pergunto, por que essa mania intríseca do ser humano de usar, mentirosamente, as palavras "certas" nas horas "certas" ??? E pergunto, principalmente, por que essa mania idiota do ser humano de acreditar ilusóriamente nas palavras de outro ser humano?! Enfim...eu penso e nunca obtenho resposta. E talvez nunca obtenha. Eu mesma, não saberia responder. Mas nadar e morrer na beira da praia, mais uma vez, não dá.

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