segunda-feira, 16 de maio de 2011

U.L.

Vesti uma camisa listrada e saí por aí



Em vez de tomar chá com torradas ele tomou açaí


Levava um canivete no cinto e um pandeiro na mão


E sorria quando o povo dizia: - Sossega, leão! Sossega, leão!

Era assim que saíamos de casa nos fins de semana, em dias de jogos. Tensos, mas ao mesmo tempo tranquilos, pois sabíamos que íamos levar gols, mas sairíamos vencedores depois dos 90 minutos. A gelada estava reservada e a gozação contra os nossos adversários estava decorada, na ponta da língua.
Foi assim durante todo no Primeiro Turno do Campeonato.
E agora? Estamos todos calados! Cantar pra quê?
Nossa aeronave que voava com pequenas turbulências, entrou agora em nuvens pesadas, como se chama na linguagem dos aeronautas, CBs. Nuvens que geram turbulências perigosas e que podem derrubar aeronaves, sem que os pilotos possam fazer algo para salvá-las.
Meus amigos bicolores, infelizmente essa é a situação de nosso Clube. Falou-se durante a campanha tanto em gestões passadas que levaram o clube a estado falimentar e o que se vê agora não é nada diferente. Centralização de decisões. O Presidente é quem contrata, é quem demite, é quem reintegra etc. Sem que outros diretores, ou até mesmo o técnico opine no plantel a ser formado e que deverá ter (?) a sua liderança.
É triste! Como manter esperanças, mantendo-se um “líder” que está sofrendo pressão de todos os lados, da imprensa, da torcida, do Conselho Deliberativo, etc.?
Qual a motivação que esse profissional pode ter neste clima? Como ele poderá motivar seus liderados? Na ciência da administração ainda não inventaram essa fórmula e nem mágica para implementá-la. Podemos alimentar esperanças de que isso pode mudar?
É triste ver que a pressão está ficando insuportável e que o “líder” já perdeu o equilíbrio, a cabeça, e já partiu para agressão a um profissional que há tempo desempenha seu trabalho dentro das dependências do Clube, sem qualquer histórico negativo em sua carreira. Muito pelo contrário, tem sido um grande parceiro, a exemplo de seus colegas.
A participação do técnico em evidência em um programa de televisão na noite da última terça-feira mostrou todo o seu despreparo para estar dirigindo um clube do tamanho do nosso Paysandu. Um Cube com história no Brasil e na América do Sul.
E a quem cabe um basta em tudo isso? Todos já sabem a resposta. E por que não toma a providencia que todos nós esperamos? Essa resposta eu não tenho para dar a vocês. Só ele próprio.
Será que ele não recebe de seus assessores, seus amigos que lhe colocaram no trono de presidente, o conselho de que a hora é essa para a grande mudança? De que não há mais tempo a perder? Pois eu aproveito para dar meu parecer: “Presidente, demita o atual treinador, contrate outro com currículo e de preferência com história no Clube, que possa assumir o plantel agora e já faça nesta inter-temporada e nas partidas finais do campeonato, uma avaliação para ver quem pode e deve continuar nessa equipe para a luta do acesso à série B. O tricampeonato pode ser uma consequência dessa vossa atitude. Pare com suas contratações, deixe que o novo treinador dê seu parecer e faça suas indicações de acordo com as necessidades por ele sentidas. Não faça uma equipe para colocar nas mãos dele, deixe-o formar sua própria equipe. Essa atribuição é dele. Ele é a pessoa certa pra isso. Cabe ao Sr. cobrar os resultados. Não estou inventado e nem criando nada de novo, é assim que a acontece nos clubes de sucesso”. Seguido esse conselho, Sr. Presidente, volta a torcida a campo, volta a torcida a sorrir, volta a torcida para o seu lado. Volta a torcida vestir a camisa listrada e a sair por aí sentindo um orgulho danado de ser PAYSANDU. Era o que tínhamos a propor.
Se não, meu amigo, diga a todos nós: - “Senhores passageiros, apertem o cinto, o Piloto sumiu”!





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