sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

" (...)
Te olho nos olhos. E você reclama que te olho muito profundamente. Desculpa! Tudo que vivi, foi também profundamente. Eu te ensinei quem sou, e você, foi me tirando os espaços, entre os abraços, guardando apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem, penso agora: Até onde eu posso ir pra te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade de eu me inventar de novo. Desculpa! Se te olho profundamente, rente à pele, a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços, a ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos, é pelo simples motivo denominado "Amor".
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos! Eu não vou renunciar a mim. Nenhuma parte. Nenhum pedaço do meu ser. Vibrante. Errante. Sujo. Livre. Quente.
Eu quero estar viva. E permanecer te olhando profundamente. Porque, mais uma vez, você se vai. E dessa vez, eternamente. "

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