quinta-feira, 1 de março de 2012

Ontem eu quase não consegui dormir pensando em certas coisas, sabe. Coisas que me deixam indignada só pelo fato de existirem. O machismo é uma delas. O perfeccionismo estético exagerado, que quase vira doença, também. Eu sinceramente vou discordar de V. de Moraes e criar minha própria tese: “ As malhadas que me desculpem, mas INTELIGÊNCIA  é fundamental”. E cá pra nós, homem que quiser uma mulher perfeita, que vá comer uma barbie! Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E as  que valorizam demais a estética acabam por esquecer de nutrir o mais importante, o essencial: caráter. Do contrario, não devem reclamar depois se forem tratadas como uma lixa de unha: descartáveis. E homens que escolhem esse tipo de mulher não merecem mais do  que serem tratados como uma bicicleta de academia: sentar, usar, depois de satisfeita, ir embora pra casa. Por isso, eu, você e as outras milhões de mulheres dotadas de um certo “padrão cultural” que valoriza o cérebro, que passa mais de 4 anos com a bunda(  que as vezes contem algumas  imperfeições) sentada numa cadeira, dentro de uma sala de aula, atrás do que realmente importa, que é o conhecimento, o saber, não devemos nos sobressaltar com alguns tipos de insinuações estético- preconceituosas  a nosso respeito. Porque enquanto as barbies malham, nós lemos um livro. Enquanto as susies fazem drenagem linfática, lipoaspiração, massagem gessada, implante de silicone ( esse eu também vou fazer aos 25 anos, hauahuahua) e DEPILAÇÃO  a laser, nós resolvemos contas gigantescas, apresentamos seminários por horas, escrevemos artigos incríveis e aprimoramos nosso conhecimento. Enquanto as afrodites forçadas ganham títulos de rainhas das rainhas, miss pará, garota academia, nós ganhamos nosso diploma de graduação, mestrado, doutorado e PHD. Minha opinião nada tem haver com a vaidade natural e os cuidados femininos que toda mulher tem por “obrigação” de vir a ter, mas fazer disso motivo de comentários preconceituosos, fúteis, desnecessários, seja dentro de casa ou numa MESA DE BAR com amigos, seja com homem ou com a própria mulher, a AMIGA, a vizinha, a fulana ou a ciclana, pelo simples fato de diminuir o outro na frente da sociedade, aí é demais me pedir pra ficar calada! Discípula de Gregório de Mattos que se preze não pode deixar de fazer um breve comentário AMIGÁVEL (mentira, kkk) sobre esse tipo de pessoa, pra ser mais específica, esse tipo de homem/mulher que prefere um corpo malhado e depilado nos seus mínimos detalhes ao uma mente dotada de cultura e Inteligência: Desde que o mundo é mundo, só devemos apontar o dedo na cara de outro ser humano pra reclamar qualquer absurdo se, primeiramente, já nos olhamos no espelho e fizemos um exame de consciência pra saber se somos perfeitos. Caso contrário, procure no dicionário, ou melhor, procura no google mesmo, porque do jeito que pessoas inteligentes andam precárias no mundo, tem gente que não deve nem saber manusear um Aurélio, os significados das palavras (falta de) humildade,  (falta de) educação, (falta de) decência, insignificância, tolerância, idiotice, burrice. Todas são sinônimos de personalidades de pessoas que adoram julgar seu próximo. Enquanto procura-se  a mulher perfeita, e provavelmente não  se encontra porque ela não existe, e menospreza-se  aquela nem tão perfeita assim, mas dotada de sentimentos e qualidades que homens insignificantes são incapazes de enxergar porque estão procurando defeitos no corpo delas, as mulheres inteligentes estão procurando estudar pra ocupar o lugar desses homens idiotas, diga-se de passagem, mais do que merecido. Porque a única coisa que mulher malhada e depilada consegue fazer pra ganhar dinheiro, é vender o corpo ou procurar otários como esses pra extorquir dinheiro. E eu fico na torcida pra isso acontecer!  

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

" E quando olhei no espelho
Eu vi meu rosto e já não reconheci
E então vi minha história
Tão clara em cada marca que tava ali.
Se o tempo hoje vai depressa
Não tá em minhas mãos
Cada minuto me interessa
Me resolvendo ou não.
Quero uma fermata que possa fazer
Agora o tempo me obedecer
E só então eu deixo
Os medos e as armas pra trás..."

Saudosismo: Valorização demasiada do passado.
A saudade é realmente uma faca de dois gumes. Mas é inevitável não afirmar que o lado que mais se intesifica é o da dor. Saudade dói. Mas ao mesmo tempo, as lembranças curam. Deve ser por isso que a Síndrome do Saudosismo exacerbado que me consome de vez em quando consegue me transportar pra lugares e sensações já vividos antes de uma maneira espetacular. É uma espécie de quase Deja vu que se cria, incrivelmente, ao ouvir certas canções, sentir certos cheiros, narrar certas histórias, ou simplesmente parar sozinha n'algum canto e devorar um turbilhão de lembranças especiais que ajudaram a compor a história da vida. Momentos como esses merecem ser tratados com carinho infinito, afagos repletos de sorrisos, alguns se juntam às lágrimas e outras sensações que seriam impossíveis não fazerem parte de uma viagem no tempo, se é que pode-se assim dizer. Momentos como esses valem uma vida inteira. Momentos como esse só entende quem viveu, e não apenas existiu. Sim, a vida é o aqui e o agora. Mas estes não seriam possíveis sem o prazer de ter vivido e contruído o ontem!
Saudade indescritível do "meu ontem", de capítulos de minha história já protagonizados, dos meus coadjuvantes eternos e ainda imensamente amados... lugares, pessoas, situações, músicas, cheiros, momentos! Tantos, enfim.
De tudo, sempre resta a saudade. Sem saber direito o que fazer, apenas desejo senti-la, sempre, em sua magnitude e infinitude inexplicáveis.